Distritos
No início, o mundo foi dividido em camadas de dor e sobrevivência. Distritos erguidos não por escolha, mas pela imposição do clima e da terra. Do fogo infernal às montanhas de pedra, das areias do deserto à calmaria das florestas, cada território guarda seus próprios desafios.
Nos Jogos Poloares, cada distrito representa uma etapa da jornada.
A cada meta alcançada, os Tributos avançam para o próximo estágio, acumulam pontos, conquistam prêmios e ajudam a transformar ambientes hostis em terras férteis.
Passo a passo, missão a missão, a evolução os aproxima do destino final: a glória do Distrito Supremo.

O Distrito de Fogo
O Distrito 5 é o ventre ardente do mundo, um lugar onde a vida desafia a morte.
O chão se abre em rios de lava, as montanhas cospem fogo, e o ar é tão
quente que o simples ato de respirar seria como engolir brasas.
Não há árvores e não há animais. Apenas a dança incansável das chamas, moldando um reino onde o silêncio é interrompido apenas pelo rugir da terra. Mas os Tributos da Poloar têm a difícil missão de sobreviver a esse local em erupção.
Mas é aqui que a Poloar tem sua missão mais ousada: domar o fogo e transformá-lo em vida. O impossível começa neste inferno, pois é do caos que renasce a esperança.


As Montanhas de Pedra
Avançando além do fogo, chega-se a um mundo petrificado.
O Distrito 4 é feito de cicatrizes: montanhas formadas por lavas secas, um território de rochas duras e hostis. O clima é severo, o calor sufocante, e a vida parece apenas resistir, não florescer.
Alguns animais selvagens, adaptados ao extremo, se escondem entre pedras e cavernas. Poucas pessoas habitam este lugar, sobrevivendo em condições miseráveis, presas às minas de carvão que alimentam sua luta diária.
Ainda assim, há fagulhas de mudança. A Poloar já lançou seu toque aqui: a promessa de que, um dia, até as montanhas de pedra poderão abrigar vida.


O Deserto em Flor
Do silêncio das rochas nasce o murmúrio da esperança.
O Distrito 3 ainda é um deserto vasto, onde o sol reina absoluto sobre dunas e ventos secos. Mas entre a areia, lagos surgem como espelhos de vida, cercados por cactos e plantas que ousam desafiar a aridez.
Animais percorrem a terra, moldados pela resiliência. E as pessoas, pobres e vivem próximas aos lagos em casas frágeis de madeira. Não têm para onde ir, mas têm onde resistir na esperança de um futuro, e um clima, melhor. Um Oasis.
A Poloar já trabalhou intensamente aqui, e cada dia o clima dá sinais de melhora. O que antes era deserto estéril começa, pouco a pouco, a se transformar em jardim.


O Progresso Verdejante
Mais adiante, o ar se enche de aromas e sons de vida.
Depois de muito trabalho, a Poloar tornou o Distrito 2 no coração pulsante que alimenta esse universo. Florestas se erguem, árvores oferecem frutas, e rios serpenteiam entre campos verdes. Animais correm livres em seus habitats, e as pessoas trabalham incansavelmente para sustentar toda a sociedade.
Este distrito é habitado por trabalhadores que erguem casas sólidas e prédios com seu próprio esforço. São o motor da economia, a força que mantém o mundo em movimento.
Aqui, a vida já é abundante, mas ainda não perfeita. Cada tributo homem e mulher deste distrito trabalha com a Poloar e sonha com o mesmo destino: ascender ao próximo estágio, atravessar o limite e alcançar o Distrito Supremo.


O Distrito Supremo
E enfim, no ápice da jornada, ergue-se o sonho: o Distrito Supremo. Aqui, a luta termina e o paraíso começa.
Aqui, a Poloar já conseguiu alcançar o ápice de suas funções. O clima é perfeito, equilibrado entre calor e frio, moldado para o conforto absoluto. Céus limpos revelam dias serenos, e vegetações ricas se entrelaçam com a modernidade da cidade.
O homem vive em harmonia com a máquina. Robôs auxiliam em cada detalhe, transportes silenciosos deslizam pelas ruas, e a tecnologia garante uma vida de luxo, saúde e paz.
No Distrito Supremo, a vida é mais do que sobrevivência: é plenitude. Mas apenas os poucos escolhidos podem habitar este refúgio. Para os que olham de fora, o Distrito Supremo não é apenas uma cidade, é um destino, um mito, o ápice de uma jornada que termina na utopia.